Nikolas Petry, meu amigo, colega de faculdade, cliente da minha loja e vendedor n° 1 do Palácio, me disse uma coisa muito profunda esses dias: "você não vende chocolate, absolutamente, você vende momentos de prazer, você vende qualidade, beleza, felicidade, bom gosto, a alegria de um presente...". Ele disse que quando eu chegasse a essa concepção, estaria dando um passo para as vendas.
Ele entende do assunto, de modo que se você refletir, ele estava me falando a coisa certa, eu fiquei pensando nisso. Caramba, de fato o comércio hoje é isso. Para você girar, tem que vestir o seu produto de uma atração psicológica; quem mais ganha dinheiro, é quem entra mais fundo dentro da cabeça das pessoas.
Essa conclusão vai me fazer usar um dos sorrisos mais bonitos de Novo Hamburgo na campanha de Dia dos Namorados da Oficina & Cia. Esse sorriso vai entrar na cabeça dos apaixonados e fazê-los consumir. Que atrocidade estou dizendo, não é? Em primeiro lugar, por usar o sorriso, que é um dom divino, em segundo por induzir as pessoas a comprarem. O que diminui meu pecado é que todas - sem exceção -, as lojas dessa rua (a Júlio de Castilhos), vão fazer exatamente a mesma coisa, e já o fazem há muitos anos!
Eu tinha um monte de ideologia no tempo da escola, escrevi quantas redações admiradas pelos professores, fuzilando sem dó esse capitalismo covarde que manipula o povo. E agora cá estou eu, dentro do sistema, me aperfeiçoando na arte do fazer comprar. Nossa... me assusto comigo.
Agora tenho que me explicar, para que a consciência não me condene e eu possa dormir em paz. Vou explicar.
Mas antes disso, gostaria de saber sua opinião, você que é consumidor, você que gosta ou não de chocolate, que está vendo esse blog agora. O que você pensa desse "fazer consumir"? Deixe o seu comentário ou mande para culturaechocolate@gmail.com
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